"A menina que roubava livros"

Apaixonei-me por essa leitura de linguagem rebuscada e que nos leva à viajar por entre os personagens. A Morte conta a história de uma menina que precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência.

Alguns trechos que, já nesse início, amei:

"...e algumas pessoas se agarram por mais tempo à vida do que seria esperável". (p.15)

"...um deles dava as ordens. O outro fazia o que lhe mandavam. A pergunta é: e quando o outro é muito mais do que um?" (p.25)

"Em algum lugar em toda aquela neve, ela via seu coração partido em dois pedaços. Cada metade luzia e pulsava sob a imensa branquidão". (p.26)

"Está aí uma coisa que nunca saberei nem compreender - do que os humanos são capazes". (p.27)

"Ela era quase engraçadinha, não fosse pelo rosto, que lembrava papelão amarrotado e aborrecido, comoo se ela meramente tolerasse aquilo tudo". (p.29)

"...quando os livros e as palavras haviam começado a significar não apenas alguma coisa, mas tudo" (p.31)

"Por mais que lhe dissessem que a amavam, não havia nenhum reconhecimento de que a prova disso fosse o abandono". (p.32)

"Ela possuía a habilidade singular de irritar quase todas as pessoas que encontrava". (p.34)

"UMA DEFINIÇÃO NÃO ENCONTRADA NO DICIONÁRIO - Não ir embora: Ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças". (p.37)

"A questão é que o assunto do livro não tinha a menor importância. O mais imortante era o que ele significava". (p.38)

"...muitas vezes desejava empalidecer até sumir por completo". (p.39)

"...travavam uma espécie de guerra verbal de uma década. Ninguém sabia a origem dessa hostilidade. Era provável que elas mesmas a tivessem esquecido" (p.42)